quarta-feira, 10 de abril de 2013

Egoísta, e muito, talvez

Logan Lerman em The Perks of Being a Wallflower

Ultimamente, tenho querido ser egoísta. Apetece-me ignorar os pedidos de socorro que vêm de toda a parte. Só quero fingir que não vi que me telefonaram, ou que me mandaram mensagens... Não quero que falem comigo sobre os seus problemas. Quero dizer... Não é com todas as pessoas, mas com uma grande parte. Se a verdade é que não faço isto, e continuo igual para quem sente que precisa de mim, sinto-me egoísta na mesma só por pensar nisso. À medida que o tempo passa, como acabo sempre por não ignorar (felizmente), isto tem vindo a acumular e cada vez mais me apetece mandar toda a gente dar uma volta. Só que, sei lá... Isso não faz parte da pessoa que sou. A i. "normal" sente-se realizada por poder ajudar e não pede nada em troca. A i. dos últimos dias só quer que não lhe digam nada... Não quer que lhe perguntem se está tudo bem, porque não, não está, mas também não quer falar sobre isso, por isso tem que mentir quanto a esse ponto, como sempre: sim, está tudo bem. E não quer falar sobre coisas profundas, porque isso exige muito esforço mental para não se descontrolar. Sinceramente, gostava que não falassem comigo só quando precisam de mim. Acho que estou farta de problemas... O ideal era poder fugir de tudo. Precisava duma reviravolta em muitas coisas. Sei que continuo a mesma de sempre, aos olhos dos outros... Mas, cá dentro, está tudo um caos. Quando me encontro sozinha, sem dar conta, as lágrimas começam a escorrer e o difícil é pará-las. Estou farta de acumular, mas não sei ser doutra maneira. Se eu soubesse como resolver as coisas, eu faria-o. O problema é que não sei... Nem sei o que está a custar tanto. Sei que não quero querer ser egoísta... Isso não faz parte de mim.